quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Drugstore Cowboy.

Ontem fui pela primeira vez à Cinemateca de Paris, ver o "Drugstore Cowboy" de Gus Van Sant. A sensação de estar naquela cinemateca é indescritível... e, ainda por cima, apesar de eu não perceber rigorosamente nada de cinema, tudo o que vi do Gus Van Sant até hoje me pareceu muito bom. :] A sala demasiado cheia e o estômago vazio não foram suficientes para me desfazer o sorriso: foi mesmo bom. É incrível... desde que vim para Paris, tenho sempre esta sensação de que as coisas boas superam largamente as coisas más. Espero continuar assim!

Então, agora, algumas coisas sobre o filme. "Drugstore Cowboy" (1989) pretende retratar a vida de um grupo de toxicodependente liderado por Bob (Matt Dillon) e a sua mulher (Kelly Lynch), que sustenta o seu vício através de numerosos assaltos a farmácias e hospitais. É curiosa a forma como a superstição acaba por ter um papel fulcral nesta história: o que começa por ser uma pequena piada, acaba por tomar conta do desenrolar do enredo, impondo-se no final como a suprema ironia. Bob e Dianne são uma versão altamente drogada de Bonnie & Clyde, mas acabam por se separar quando, na sequência de uma tragédia ocorrida no seio da "família", Bob decide largar as drogas e retomar uma vida normal. Achei particularmente interessante o papel de Tom, o padre (William S. Burroughs), um viciado muito fora do vulgar. Ainda mais interessante se torna se tivermos em conta que o actor, escritor e pintor era, na realidade, viciado em ópio... Mas mais não vos digo, senão não tem piada ver o filme!
Recomendo... não só o filme, mas também a cinemateca :]

2 comentários:

nuno disse...

o gus van sant é doido.

vamos ver o novo um dia destes?

rita disse...

oh, pois é... mas eu gosto :]

vamos, vamos! temos de combinar *